Ocotea nectandrifolia Mez

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Rohwer (1986) sinonimizou O. nectandrifolia em Ocoteaurbaniana Mez, entretanto, essa é uma espécie com flores bissexuadas. Alémdisso, Ocotea urbaniana apresenta as folhas coriáceas, lineares alineares-lanceoladas, frutos elípticosou oblongos, parcialmente envolvidos por cúpula com tépalas decíduas, enquantoem Ocoteanectandrifolia as folhas são cartáceas, lanceoladas aelíptico-lanceoladas, frutos ovóides e parcialmente envolvidos por cúpulas demargem lobada (Quinet,2008; Brotto, 2010). Nomes populares: "canela-burra" (Brotto, 2010), "canela preta" (Quinet, 2008), "canela-branca" (Catharino et al., 2006).

Potêncial valor econômico

Um estudo revelou a presença de óleos voláteisna espécie, estes possuem atividades anti-fúngica e microbiana (Raggi, 2008).

Dados populacionais

Existem poucos estudos populacionais para a espécie. Foram amostrados seis ind. em Juquitiba, SP, ondese desenvolve somente em área bem preservada (Polisel; Franco, 2010); Catharinoet al. (2006) encontraram dois ind. na Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia,SP; foram amostrados três ind. no Parque Estadual Carlos Botelho, São MiguelArcanjo, SP (Aguiar 2003; Dias, 2005); na Reserva Biológica do Tinguá, RJ,Jesus (2009) amostrou um indivíduo.

Distribuição

Ocorre nos Estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina (Quinet et al., 2011).

Ecologia

Árvore de até 30 m alt., dióica, ramos densamenteferrugíneo-tomentosos. Folhas alternas; lâmina cartácea, elíptica aelíptico-lanceolada, face abaxial denso ou esparso ferrugíneo-tomentosa. Inflorescência axilar, panicula.Flores diclinas, com coloração creme a esverdeada, exalando odorsuave. Fruto bacáceo, oval,parcialmente envolvido por cúpula hemiesférica, sulcada longitudinalmente(Quinet et al., 2010). Espécie dispersa por zoocoria. Secundária Tardia(Polisel; Franco, 2010). Floração de outubro a março; frutificação em março, abril, junho, julho e desetembro a dezembro (Quinet, 2008).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado de São Paulo originalmente possuíaaproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlânticano Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se aolongo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da áreado Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreasprotegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelizaçãode manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração, extrativismovegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar,ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dosremanescentes da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (Costa, 1997).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, SP(Raggi, 2008); Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP (Catharino et al.,2006); Parque Estadual Carlos Botelho, São Miguel Arcanjo, SP (Aguiar, 2003;Dias, 2005); Parque Estadual da Cantareira, SP (Arzolla, 2011); no Paranáocorre no Parque Estadual Pico do Marumbi, Parque Nacional Saint Hilaire/Langee Parque Estadual Serra da Baitaca (Brotto, 2010).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Criticamente em Perigo" (CR), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).